Ele vem.
O Caçador - DENTRO - Cápitulo IV
O bombeiro chegou a Curitiba as 15:00 horas em uma sexta de sol. Rang recebeu um sms que dizia "cheguei".
O coração de Rang acelerou e descansou. Chegou o "salva-vidas". A biblioteca estava vazia. a sua chefe não estava. Aquela mensagem no celular fez ele perceber o sol que invadiu as estantes de livros.
Sentia curiosidade em saber como era o cheiro daquele homem. Na CAM os pelos no peito do bombeiro pareciam ser grossos e macios.
O salvador estava na sua cidade, vinha em razão de uma festa de família, nada e mais. Era só uma maneira de escapar da esosa por um fim de semana. Rang depositava toda a esperança nele.
O menino sairia do trabalho em duas horas, em três descansaria assistiria um filme romântico, olharia o orkut, tentaria não pensar que o cara mais gostoso de todos os tempos estaria esperando por ele em oito horas.
Rang trabalhou ansioso e desatento, só conseguia pensar em pelos no peito.
Quando chegou em casa. Basco estava de saída e mais uma vestia moletom e blusa de capuz. Mais uma vez o ursão iria ao caminho escuro, mas hoje ele não seria chupado por Rang.
O caçador fez como um ritual. Se preparou. Vestiu a camisa que mais gostava.Uma camisa verde escura que realçava a cor dos olhos. Penteou o cabelo, caprichou no topete. Passou o único perfume que tinha.
As 23:00 ele estava no bar, como combinado. Rang não gostava daquele bar, pois não gostava do estilo das pessoas que o frequentavam, eram bonecas bombadas, com pele de pessoa e roupas da Calvin Klein. Mas não tinha outra opção.
O telefone tocou e era ele. O bombeiro, o seu bombeiro. O salva-vidas, o seu salva-vidas...
"Alô?" disse o chaserzinho perdido com uma esperança desesperada e ouviu seu nome como nunca tinha ouvido antes e a voz forte e máscula disse que estava doido para sair daquela festa e ir direto encontrar o caçador. Nessa hora ele já havia derretido e nama mais importava.
"Em meia hora estou aí" disse o salvador.
Rang pediu uma cerveja e esperou.
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